O ex-ministro do STF, Carlos Ayres Britto, mostra-se otimista com o momento em que vive o país. “O povo brasileiro está encompridando sua memória mais e mais. Está se fazendo mais e mais exigente, o que é bom. É excelente porque é fruto de uma nova mentalidade, uma mentalidade coletiva calçada, entre outros valores, na moral. O povo se dota do dom da indignação diante de malfeitorias perpetradas sobretudo por quem deveria representá-lo com toda honra, com toda honestidade, toda autenticidade.”
Aplaudido de pé, por uma plateia de mais de 1.000 pessoas, no CONARH 2016, o jurista lembra que a ética é o tema central da vida e que “só há um modo de as instituições funcionarem bem: cumprindo com fidelidade aquilo que lhes cabe. Mas para que uma instituição cumpra a sua finalidade com toda fidedignidade é preciso que os agentes dessas instituições sejam fiéis a elas. Elas sejam fiéis às respectivas finalidades e eles sejam fieis às instituições de que fazem parte”.
Para o ex-ministro, o principal instrumento de transformação é a própria Constituição Brasileira. “A Constituição, ao longo desses praticamente 28 anos, teve o mérito de se tornar conhecida. E hoje o povo brasileiro mais e mais se interessa pelos temas constitucionais.” O jurista relembra que o Supremo Tribunal Federal criou dois mecanismos de convocação da sociedade em geral para contribuir nas causas processadas ali: as audiências públicas e o “amigo” da corte, que não é necessariamente um jurista ou uma pessoa, pode ser uma instituição que entra no processo para ajudar no equacionamento da causa.
“Uma sociedade que elabora em torno da moralidade um juízo de imprescindibilidade, essa coletividade se dá ao respeito” , resume e ressalta: “A verdade é um conteúdo da moralidade, quanto mais se torce a verdade mais ela encarde”. E cita Nietsche: “O contrário da verdade não é a mentira. São as nossas convicções. E a convicção arraigada nos leva a grandes equívocos”.
Carlos Ayres completa sua visão do momento com um ditado popular: “É no tranco da carroça que as abóboras se ajeitam”. “É a fase da democracia brasileira e quem não estiver com cinto de segurança da moralidade vai se machucar sério. É preciso ter um pouquinho de paciência, mas vamos chegar lá”.
Fonte: Folha de Aphaville – 02 de setembro de 2016

Em atividade na ABRH-SP há quase dez anos – foram criados em 2007 –, os Grupos de Estudos têm sido constantemente renovados, sempre com diferentes temas e facilitadores, para continuarem sendo um sucesso da Associação. Agora neste segundo semestre, três novos grupos serão lançados na sede, na capital paulista: dois deles inéditos – Mentoring e Mobilidade Corporativa e Teletrabalho – e um tema campeão de procura desde a primeira turma – Coaching.
“Os grupos abertos neste semestre criam uma oportunidade para quem se associou depois de março e não precisa mais esperar até o próximo ano para participar da atividade”, explica Ana Maria de Freitas, diretora dos Grupos de Estudos e secretária do Conselho Deliberativo da ABRH-SP. Normalmente, os grupos começam as reuniões em março, se estendendo até outubro e novembro com oito reuniões no total.
Já os grupos do segundo semestre têm a carga horária condensada em seis encontros, realizados entre setembro e fevereiro, o que permite a quem participar desses grupos se inscrever naqueles com início em março do ano seguinte.
Baseada na andragogia, a metodologia de cocriação e construção coletiva do conhecimento utilizada é a mesma para todos os grupos. “A metodologia tem funcionado muito bem. Também destaco o empenho dos facilitadores, tanto da sede quanto das Regionais, que têm muita responsabilidade no sucesso da atividade dentro da ABRH-SP”, assinala Ana Maria.
Normalmente, os grupos começam com um número maior de inscritos, mas, após os primeiros encontros, se estabilizam entre 15 e 20 participantes, número considerado mais produtivo por Ana Maria.
Atualmente, 40 grupos estão em atividade na capital paulista e nas cidades de Barueri, Bauru, Campinas, Franca, Ribeirão Preto, Santos e Sorocaba. E os temas são os mais diversos: Jovens Talentos, Coaching, Resiliência, Gestão de Carreira, Desenvolvimento de Talentos, Consultoria Interna de RH, Governança Corporativa em Empresas Familiares, entre muitos outros.
Como participar
Para entrar para os grupos é preciso ser associado da ABRH-SP e fazer uma inscrição prévia, que será confirmada por e-mail (as inscrições são limitadas a dois grupos por pessoa). Os integrantes deverão cumprir com pelo menos 65% de participação para receber o certificado.
Os Grupos de Estudos têm como objetivos: desenvolver a análise crítica e produção criativa sobre áreas e temas vinculados à gestão de pessoas, debater sobre o que há de mais avançado no segmento e facilitar a troca de experiências e networking entre os profissionais de Recursos Humanos de diferentes setores que participam da atividade.
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