
Educação corporativa a longo prazo

por Orley Coimbra Fernandes, associado da ABRH-SP
Atrair e escolher profissionais no mercado requer conhecimento, muita habilidade e atitude ponderada. O objetivo é contratar o profissional que venha agregar valor à empresa e, também, às pessoas que lá trabalham. O desafio é contratar o profissional de hoje que será o profissional de amanhã: comprometido e realizado com o seu trabalho na organização.
Em época de crise, o mercado de trabalho dita determinadas regras que o bom profissional de recrutamento e seleção deve seguir com o objetivo de atingir um bom resultado de seu trabalho como recrutador.
Portanto, a divulgação da vaga e perfil do profissional são prerrogativas imprescindíveis para descobrir e atrair bons candidatos. Os anúncios devem seguir normas simples de eficácia para conquistar e atrair candidatos potencialmente qualificados para a posição em aberto.
Para obter sucesso, é preciso utilizar as fontes de divulgação adequadas. O histórico anterior da empresa pode definir quais fontes são mais favoráveis para o recebimento de bons currículos para serem selecionados. Indicação por funcionários tem sido uma boa fonte de recrutamento em determinadas empresas.
Outro aspecto, a ser considerado, é o investimento no processo, incluir os gastos de horas trabalhadas, materiais utilizados, despesas diversas (correio, anúncios), transporte e refeição dos candidatos e mesmo a própria contratação.
Duração do processo, quanto tempo você leva para fechar uma vaga? De acordo com o relatório da SHRM, as grandes empresas preenchem uma posição, em média, em até 43 dias, enquanto as pequenas levam cerca de 30 dias. A razão para o tempo maior nas empresas grandes é que estas apresentam um número maior de etapas no processo, envolvendo um maior número de entrevistadores e tomadores de decisão.
O processo de seleção
Uma vez o recrutamento realizado, chegou a hora de escolher. O processo de seleção visa escolher o candidato melhor qualificado para o cargo em aberto. O objetivo é que o funcionário novo tenha as competências comportamentais, técnicas e gerenciais de hoje para ser o futuro profissional de amanhã. Isto demonstra o reflexo da crescente valorização das pessoas que compõem uma empresa. Contratar com eficiência e eficácia assim como reter os talentos são processos vitais na organização. O desafio do recrutador, dentre outros, é preservar ou enriquecer o capital intelectual da organização (CHIAVENATO, 1999).
O selecionador deve ter pleno conhecimento técnico das ferramentas que utiliza, conhecer o macro e micro mercado da empresa, o mercado de trabalho de recursos humanos, a cultura corporativa, missão, visão, seus valores, e muito bem o cargo, seu conteúdo e requisitos para juntamente com gestores ligados a essa contratação estruturar o perfil ideal para ser recrutado e selecionado. Para atingir bons resultados em seu trabalho, o selecionador deve possuir contatos com outras empresas por meio de network e instituições da área, maior contato com gestores, supervisores, coordenação e gerência, poder de decisão, atuar como consultor, agilidade e planejamento para executar com sucesso a aquisição de novos talentos no mercado.
O que o candidato e a empresa buscam?
De um lado, os profissionais do mercado buscam além de boa remuneração, crescimento na carreira e, sobretudo, qualidade de vida. Por outro lado, as empresas buscam profissionais que melhor possam cumprir as tarefas dos cargos a serem ocupados e que sejam flexíveis e dinâmicos para crescerem junto com a empresa, isto é, aceitar os ajustes em termos de exigência que a forte competição de mercado propõe e desta forma contribuir para que a organização atinja seus objetivos.
O processo de recrutamento e seleção de pessoas deve ser adaptável, ágil e dinâmico para que seja participativo e descentralizado, cada organização deve determinar quais são os procedimentos mais adequados e que proporcionam os melhores resultados.
A avaliação do processo pode ser feita com uma retro informação do que foi feito para descobrir onde estão os pontos a serem melhorados e corrigidos.
Publicado 15 de setembro de 2016 – Este artigo não remete a opinião da Associação Brasileira de Recursos Humanos. Os dados publicados são de responsabilidade do autor.
Se você está no mercado de trabalho, empregado ou não, você está enfrentando desafios. E a primeira etapa para resolvê-lo é reconhecer a sua essência. Há aqueles que demandam resposta rápida. E com rápido não estou querendo dizer que é necessariamente a primeira que aparece na sua mente e que você verbaliza por reflexo. Para lidar com a adversidade com sucesso é preciso estar com as competências desenvolvidas e atualizadas.
No conjunto de demandas que envolvem um desafio, o repertório de competências precisa emergir com mais força do que a simples emoção. Claro que elas vão existir, mas o que precisamos espalhar é o como colocá-las a favor da melhor resolução agora. Com uma crise em andamento não dá para paralisar e ficar analisando todos os aspectos. Foque no impacto. E nesse caso a experiência, por vivência ou observação, faz com que você acesse mais rapidamente diferentes ângulos, com diferentes históricos.
Logo, a capacidade de se recuperar rapidamente, a chamada resiliência, é mais concreta quando a atitude vem de um aprendizado. De que adianta me reposicionar para a ação rapidamente se não sei para onde ir? Como Dina Gederman fala em um artigo para a Harvard Business Review: “O regime de resiliência é um plano de fitness de longo prazo, e não uma dieta radical”. Portanto, a essência do desafio é plantada muito antes da adversidade. Não espere que a crise chegue para triplicar o esforço. O que você, líder, tem plantado?
https://hbr.org/2010/01/how-to-bounce-back-from-adversity
Fonte: Folha de Alphaville – 02 de setembro de 2016