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Diante da turbulência econômica, muitas empresas têm deixado de lado o tema da meritocracia, mas existem vários exemplos de que é possível conciliar um perfil meritocrático com um mercado desafiador, recorrendo à criatividade e dando aos colaboradores aquilo que eles mais desejam e que não é, necessariamente, uma recompensa financeira. Nesta edição especial da revista Melhor – Gestão de Pessoas, que começou a circular no CONARH 2017, você vai conhecer alguns deles.    

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Tel. (11) 3039-5666 www.revistamelhor.com.br assinatura@editorasegmento.com.br     Fonte: O Estado de São Paulo, 17 de Agosto de 2017.

  “O mundo dos negócios está mudando e, com ele, os talentos, com todas as suas necessidades, desejos e expectativas. Os novos profissionais querem ser incentivados, desafiados e inspirados. Para eles, o espaço perfeito de trabalho é uma mistura de uma arena competitiva, um escritório formal, um ambiente flexível e, também, um local para se conectar com os amigos. Por isso, o mercado hoje busca profissionais de Recursos Humanos que tenham interesse e disponibilidade de aprender. Ninguém mais quer contratar o RH que se reduz a uma lista de tarefas, pois isso nos limita como pessoa e, acredito, não há limites para o que o RH tem de fazer dentro de uma organização. Quando entendemos o que acontece fora do ambiente corporativo, isso transforma os acontecimentos dentro de nós. E os mais bem-sucedidos serão, então, os que pensam e aprendem de fora para dentro. Não bastará mais ao RH tolerar as mudanças. Será preciso prevê-las e, mais do que qualquer outro profissional, dar-lhes as boas-vindas.”  Com esse discurso, Elaine Saad, presidente da ABRH-Brasil, recebeu os congressistas no primeiro dia do 43º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, o CONARH, que teve início na terça-feira (15), em casa nova, o São Paulo Expo, na capital paulista. O evento, considerado um dos maiores do gênero no mundo, se estende até hoje, com novidades para os mais de 1,5 mil congressistas presentes. Confira nas imagens:    

RICARDO MOTA

Na abertura, o superintendente executivo da ABRH-Brasil, Ricardo Mota, deu as boas-vindas e destacou as mudanças desta edição, como a programação dividida em Trilhas de Conhecimento.    

SANDRA/RICARDO/LEO

Sandra Gioffi, diretora do CONARH, ressaltou o trabalho voluntário dos cerca de 40 profissionais que se dedicaram a construir o CONARH 2017 e anunciou novidades para 2018, como a participação do cantor e compositor Leo Chaves, da dupla Victor e Leo. Como conferencista da próxima edição, ele marcou presença na abertura e, no palco, deu uma prévia do que falará aos congressistas no ano que vem.    

THEUNIS MARINHO E JOÃO DORIA

O presidente da ABRH-SP, copromotora do CONARH, Theunis Marinho, acompanhou o prefeito de São Paulo, João Doria, em sua apresentação sobre o programa Trabalho Novo. A iniciativa, que tem o apoio da seccional paulista da ABRH, dá oportunidade de trabalho a moradores de rua. Doria fez um apelo aos RHs presentes: abrirem suas empresas para prestar solidariedade a essas pessoas, que, ao se serem (re)incluídas no mundo do trabalho, encontram sentido para a vida.    

FORUM DOS PRESIDENTES

Para apresentar as conclusões do 17º Fórum dos Presidentes, evento da ABRH-Brasil que antecede o CONARH e reúne cerca de 100 CEOs e líderes empresariais, Betania Tanure, Luiz Carlos Cabrera e Vicky Block, do time de coordenadores do encontro, estiveram no palco do congresso. O fórum teve como tema Caminhos para a Reconstrução e contou com a participação de Albert Fishlow, cientista político e economista; Francisco Carlos Teixeira da Silva, cientista político e historiador; e Pedro Parente, presidente da Petrobras. De acordo com uma pesquisa realizada com os líderes presentes, 78% acreditam que o empresariado está fazendo menos do que poderia para influenciar e mudar os rumos do Brasil; 17% acham que a classe empresarial não está influenciando o país; e apenas 5%, que está.    

Vencedores nacionais

No primeiro dia do CONARH, a ABRH-Brasil realizou a cerimônia de premiação do novo Prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia (PSH), que, nesta edição, sob a coordenação do diretor de Desenvolvimento de Pessoas da associação, Luiz Edmundo Prestes Rosa, passou por mudanças expressivas, ganhando novos critérios e conceitos. Conheça os vencedores das novas modalidades:  

GESTÃO DE PESSOAS – DESENVOLVIMENTO

Ouro Programa Inclusivo Coteminas Coteminas (PB)   Prata Diagnóstico de Clima Cemar Cemar (MA)   Bronze EAD no Grupo Sabemi – Uma Nova Arquitetura de Aprendizado para Equipe de Vendas Sabemi Seguradora (RS)  

GESTÃO DE PESSOAS – ADMINISTRAÇÃO

Ouro Negócios e RH, uma Parceria Sustentável Cotrijal – Cooperativa Agropecuária e Industrial (RS)   Prata Programa Liderar – Desenvolvimento de Profissionais do Nível Tático Estratégico da Unidade de Papéis Monte Alegre Klabin (PR)   Bronze Programa de Valorização da Vida Cagepa – Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (PB)    

GESTÃO DE PESSOAS – SUSTENTABILIDADE

Ouro Programa Esporte Integral Unisinos (RS)   Prata Emprego Apoiado – Alternativa de Inclusão para Pessoas com Deficiência Unilehu (PR)   Bronze Programa de Diversidade e Inclusão – Gestão de Pessoas com Deficiência Enel (RJ)  

GESTÃO DE PESSOAS – ACADÊMICA

Ouro Projeto de Intervenção e Capacitação de Gestores e Outros Interessados para Atuarem em Organizações Rurais Dyovanna Depolo de Souza Pinto (DF)   Prata Critérios de Demissão: A Hierarquia no Processo Decisório de Demissão na Perspectiva dos Gestores Fabricio Stocker e Eduardo Guedes Villar (PR)    

GESTÃO DE PESSOAS – JOVEM

Ouro Programa de Integração – Atuar para Encantar, Encantar por Amor Beto Carrero World (SC)  

 PALESTRAS GRATUITAS

Os visitantes da EXPO ABRH* contam com uma programação gratuita de palestras, oferecidas pelos patrocinadores do evento. Confira a programação de hoje:   9h15 – IBC Coaching Leader Coach: Coaching como filosofia de liderança   10h15 – BRF Escolhas organizacionais BRF   11h15 – Toutatis Estudo de caso: Como processar Fopag e eSocial de forma eficiente através de centros de serviços compartilhados   12h15 – LG lugar de gente Antes tendência, agora realidade no RH   13h15 – Ticket Gestão de saúde   14h15 – Senior Mitos e verdades de uma cultura colaborativa   15h15 – SAP Diversidade e Inclusão   16h15 – AHGORA Novas regras trabalhistas   *Ingresso: R$ 30       Fonte: O Estado de São Paulo, 20 de Agosto de 2017.

Nomeado RH do Ano na edição 2017 do prêmio RHs Mais Admirados do Brasil, da revista Gestão RH, Marcelo Nóbrega, diretor de Recursos Humanos da Arcos Dourados Divisão Brasil (operadora do McDonald´s no país), esteve na sede da ABRH-SP, na última quinta, para falar sobre o tema “Business Partner ou Business Player”. Segundo ele, a fase do RH estratégico já ficou para trás. Agora é a hora do RH de fora para dentro, que se volta para o cenário externo – composto pela sociedade, tecnologia, economia, política, meio ambiente e demografia – e se relaciona com os diversos stakeholders da empresa – investidores, clientes, empregados, comunidades, autoridades e fornecedores. Nóbrega se baseou em cases do RH do McDonald´s para abordar como ele enxerga as oportunidades de atuação dos profissionais de Recursos Humanos dentro das empresas. Ele falou do primeiro desafio que teve ao assumir o cargo três anos atrás: diminuir o absenteísmo dos funcionários de atendimento. “Havia uma crença de que a garotada, que tem entre 18 e 25 anos, faltava demais nos finais de semana e que a solução seria o RH criar um bônus de assiduidade para quem não faltasse no sábado e domingo. Eu podia simplesmente ter implantado o bônus, mas resolvi pesquisar melhor e levantar os números. Então, vimos que não era nada disso: eles faltavam igualmente todos os dias da semana no dia anterior ou posterior à folga”, contou Nóbrega, que, com base nos números reais, buscou soluções para o problema. Outro desafio enfrentado foi diminuir o turn over nas posições de atendimento, que chegava a 180% e passou para 80% em três anos. O primeiro passo foi entender os motivos do desligamento falando com os gerentes e os próprios jovens. “Nós viramos a chave do turn over, que deixou de ser um problema para se tornar parte da solução, e passamos a nos preocupar em dar a melhor experiência de primeiro emprego para esse jovem.” Ele ressaltou ainda que a empresa emprega não apenas jovens, mas aposentados, refugiados, ex-presidiários e moradores de rua, estes últimos por meio do Programa Trabalho Novo, da Prefeitura de São Paulo, que conta com o apoio da ABRH-SP.       Fonte: O Estado de São Paulo, 13 de Agosto de 2017.

Hoje a maioria da força de trabalho nas companhias é composta pela geração dos Millenials, os jovens com idade entre 21 e 34 anos. Apesar da crença de que esses colaboradores estão sempre em busca da próxima oportunidade na carreira, sem grandes compromissos com a sua empresa atual ou com segurança financeira de longo prazo, as atitudes e o comportamento desse grupo variam bastante. A 14ª edição da pesquisa anual Employee Benefit Trends Study (EBTS) da MetLife, realizada em 2016, revelou que essa geração é mais seletiva e preocupada com o futuro financeiro, o que faz com que busque benefícios que se adaptem às suas necessidades e visões. E o mercado precisa atender a esses critérios. Grande parte desse esforço passa pela oferta de benefícios que vão além do que é exigido por lei, com foco em saúde e bem-estar dos funcionários e de seus familiares. Um estudo internacional da MetLife, desenvolvido a partir da análise de mercado de três países – Brasil, Chile e México –, revela que grande parte das empresas utiliza os benefícios como uma forma de aumentar a produtividade e melhorar os índices de atração e retenção de talentos. Do ponto de vista do trabalhador, a oferta de benefícios é vista como uma forma de ampliar sua proteção financeira. Cerca de 80% deles relataram que buscam oportunidades em companhias em que a oferta de benefícios os ajude a suprir suas necessidades pessoais. Foi o que apontou a pesquisa da MetLife com 3 mil clientes no Brasil. Seguros de vida e planos odontológicos, por exemplo, estão entre os cinco benefícios mais desejados pelo colaborador. Quando existe um equilíbrio entre o que a empresa oferta e o que o empregado busca, o resultado é o aumento da lealdade do profissional. Entre os brasileiros, o comprometimento para com empresas que investem em bons benefícios é de 72%. Esse índice cai para cerca de 20% entre trabalhadores que não os recebem. Diante deste cenário, os profissionais de Recursos Humanos têm o desafio de conciliar os interesses de uma força de trabalho cada vez mais diversificada e consciente às metas de negócios das empresas. Essa tarefa passa por equacionar custos dos benefícios e por adotar soluções como os benefícios voluntários, aqueles em que os funcionários arcam com o pagamento parcial ou total do valor de contratação. Contar com apoio de seguradoras especializadas, que ofertam uma carteira de produtos de acordo com as necessidades e o tamanho de cada organização, contribui para ações de balanceamento por parte das empresas. Com esse suporte, elas minimizam a ocorrência de um descompasso de visões, oferecendo benefícios estratégicos que atraiam e retenham talentos e impulsionem a produtividade. Por Ramon Gomez, vice-presidente Comercial da MetLife     Fonte: O Estado de São Paulo, 13 de Agosto de 2017.