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Brasil: como participar da mudança

O ex-ministro do STF, Carlos Ayres Britto, mostra-se otimista com o momento em que vive o país. “O povo brasileiro está encompridando sua memória mais e mais. Está se fazendo mais e mais exigente, o que é bom. É excelente porque é fruto de uma nova mentalidade, uma mentalidade coletiva calçada, entre outros valores, na moral. O povo se dota do dom da indignação diante de malfeitorias perpetradas sobretudo por quem deveria representá-lo com toda honra, com toda honestidade, toda autenticidade.”

Aplaudido de pé, por uma plateia de mais de 1.000 pessoas, no CONARH 2016, o jurista lembra que a ética é o tema central da vida e que “só há um modo de as instituições funcionarem bem: cumprindo com fidelidade aquilo que lhes cabe. Mas para que uma instituição cumpra a sua finalidade com toda fidedignidade é preciso que os agentes dessas instituições sejam fiéis a elas. Elas sejam fiéis às respectivas finalidades e eles sejam fieis às instituições de que fazem parte”.

Para o ex-ministro, o principal instrumento de transformação é a própria Constituição Brasileira. “A Constituição, ao longo desses praticamente 28 anos, teve o mérito de se tornar conhecida. E hoje o povo brasileiro mais e mais se interessa pelos temas constitucionais.” O jurista relembra que o Supremo Tribunal Federal criou dois mecanismos de convocação da sociedade em geral para contribuir nas causas processadas ali: as audiências públicas e o “amigo” da corte, que não é necessariamente um jurista ou uma pessoa, pode ser uma instituição que entra no processo para ajudar no equacionamento da causa.

“Uma sociedade que elabora em torno da moralidade um juízo de imprescindibilidade, essa coletividade se dá ao respeito” , resume e ressalta: “A verdade é um conteúdo da moralidade, quanto mais se torce a verdade mais ela encarde”. E cita Nietsche: “O contrário da verdade não é a mentira. São as nossas convicções. E a convicção arraigada nos leva a grandes equívocos”.

Carlos Ayres completa sua visão do momento com um ditado popular: “É no tranco da carroça que as abóboras se ajeitam”. “É a fase da democracia brasileira e quem não estiver com cinto de segurança da moralidade vai se machucar sério. É preciso ter um pouquinho de paciência, mas vamos chegar lá”.

Fonte: Folha de Aphaville – 02 de setembro de 2016

Neuroliderança: entenda como o cérebro ajuda a comandar

Sim, nossas vivências são capazes de alterar o cérebro e determinar como comandar o corpo, tomar decisões, raciocinar, sentir e pensar.  A neurociência cognitiva e comportamental está sendo usada por líderes para estabelecer um contato maior com seus colaboradores e quem sabe reverter essa neuroplasticidade para se adequar melhor às atividades do dia a dia.

 

“Ter muitas informações sobre um assunto permite ter uma opinião sobre ele, não conhecimento. Para ter conhecimento é preciso ter experiência”, relatou José Hélio Contador Filho, sócio-diretor da HCont, para o grupo de líderes gestores, na última reunião, no Hotel Bourbon, em Alphaville. 

 

Como se constitui a liderança em sociedades de mamíferos, em geral, incluindo seres humanos? O consultor destaca os quatro comportamentos que fazem parte da natureza desse grupo de animais. “Reage à emergência, à distribuição, ao poder e à recompensa. Ou seja, estão alertas à iminência de perigo, à partilha, ao domínio sobre o grupo e instintivamente se perguntam: o que eu ganho com isso. Nós não somos diferentes dos chamados animais irracionais. A tarefa fica ainda mais complexa quando pensamos que fisicamente nosso cérebro não muda há 10 mil anos, mas hoje temos em uma edição de um grande jornal mais informação do que uma pessoa de educação média tinha, durante toda a sua vida, há apenas dois séculos.”

 

Diante das descobertas da neurociência, José Hélio lembra que um líder de destaque precisa entender melhor e perceber continuamente a parte das reações que estão nessa essência. “Piaget lembra que os fenômenos humanos são biológicos nas raízes, sociais em seus fins e mentais em seus meios”, esclarece o palestrante.

 

Ainda apoiando este trabalho, ele lembra que, pela teoria do cérebro trino, elaborada, em 1970, pelo neurocientista Paul MacLean, e ainda aplicada pelos pesquisadores atualmente, o cérebro tem três unidades funcionais distintas. Enquanto o neocortex é responsável pela percepção e o sistema límbico pela emoção, é o reptiliano que toma a decisão.  “Estão todas sempre interligadas e o que podemos fazer é usar associações mais comuns e padrões pra tentar influenciar. As peças de marketing, por exemplo, tentam atingir instintos e emoções porque só nos movemos se atingirmos emoções. Nós, humanos, vivemos em um mundo de linguagem. É a ferramenta mais poderosa, a que vai definir nosso sucesso. E a linguagem é formada por gatilhos de experiências que temos dentro de nós. A qualidade de um líder é ter um bom controle da sua linguagem. O que é ser líder? É alinhar pensamentos, emoções e comportamentos para encontrar resultados. Segundo David Rock, neurocientista, para mudar resultado tem que mudar o pensamento. Para isso é fundamental construir uma ponte nova, novas conexões. Estimular a capacidade de pensamento nas pessoas para que cada um modifique seu pensamento, criando novas conexões em vez de repetir pensamentos antigos.” 

Fonte: Folha de Alphaville – 02 de setembro de 2016

Quando seu corpo fala uma coisa e suas palavras outra

Se você ainda não percebeu como seus gestos influenciam na sua comunicação, está mais do que na hora de repensar. O juiz Max Carrion Brueckner, da 6a Vara do Trabalho de Porto Alegre, simplesmente invalidou um depoimento porque a linguagem corporal da testemunha não condizia com as palavras. E justificou: “A dissonância entre as linguagens verbal e corporal da testemunha pode ser comparada à situação de quando perguntamos algo e a pessoa verbaliza ‘sim’, mas, concomitantemente, faz o gesto de ‘não’”.

Em quantas situações seu corpo fala mais do que você quer dizer? Uma situação de grande exposição é perante uma plateia, fisicamente ou através de veículos de comunicação. Uma posição de mão pode indicar se você está sendo arrogante, por exemplo. Uma mudança na linguagem não-verbal pode ganhar uma eleição. Hillary e Trump treinam muito para aperfeiçoar e mudam de tática conforme o público. 

Só há um caminho para fazer com que corpo e fala trabalhem juntos para somar na comunicação: treinamento. Quer dizer repetir, repetir e repetir. Os palestrantes do TED, por exemplo, recebem muitas orientações antes de subir ao palco e ensaiam com afinco.

Aqui no Brasil, se você é um bom falante, acha que está pronto para encarar qualquer desafio. Talvez. Mas será que sua comunicação não seria mais efetiva se dedicasse um tempo a conhecer a forma como se expressa e remover ou adicionar a ela elementos que fortaleçam sua mensagem? Imagina como esse recurso pode te ajudar na próxima entrevista de emprego? 

Fonte: Folha de Alphaville – 26 de agosto de 2016

QUE FERRAMENTA DE INOVAÇÃO PODE IMPULSIONAR TALENTOS?

Para o head de empreendedorismo da Business School de São Paulo, Alexandre Saade, as influências no RH se resumem a poucos paradigmas e é preciso uma disrupção.

“Ninguém consegue inovar sozinho. Inovação é atitude e tem que ser recorrente”, alerta o professor, que é também fundador da iniciativa Empreendedores Compulsivos. Ao falar da educação no ambiente corporativo, ele criou o termo pandragogia, que une o conceito de self education com o foco na resolução do problema, que é o que a andragogia – forma como os adultos aprendem – estabelece. “Ou a gente integra e passa a trabalhar junto ou cada vez mais vai se afastar.”

Alexandre levanta exemplos da reorganização dos negócios e consequentemente do mundo do trabalho para apoiar sua visão de inovação e de recrutamento de talentos.

”Durante muito tempo, para obter sucesso era preciso ter os melhores recursos antes de seus concorrentes. Hoje não é assim. Compartilho recursos com meus concorrentes. O importante é o resultado do que eu produzo. Não é posse. É acesso. Isso reduz o custo e facilita o trabalho. Eu consigo fornecedores e parceiros ao redor do mundo”, explica.

“O que tenho visto nos departamentos de RH é que todos estão querendo reinventar a roda quando a próxima geração é de foguetes”, alerta. Ele disse ainda que a empresa tem o desafio de acelerar a aprendizagem, construir uma cultura de alta (cortar o de) comunicação, crenças compartilhadas, execução empoderada, demandas cruzadas e propósito comum. E vê no blended learning um modelo de desenvolvimento mais eficiente se levada em conta a curva de aprendizagem e retenção. O multiformato, com presencial e e-learning, tem que ser reforçado com uma ação pós-evento. “Precisa ter dia seguinte para promover engajamento. E quer motivar a inovação? Deixe as pessoas desconfortáveis. Mas reconheça as contribuições: qualquer ideia pode trazer uma inovação, como uma forma de fazer um setor da empresa sair uma hora mais cedo, por exemplo.”

Fonte: Folha de Alphaville – 26 de agosto de 2016

A CONFIANÇA ESTÁ DE VOLTA?

O economista Maílson da Nóbrega é taxativo: “Não podemos desistir do Brasil”. Para ele, o impeachment é um evento traumático, mas é muito bom para a economia.

 

Em palestra no CONARH –  Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, o ex-ministro afirma que o fundo do poço está chegando. Segundo ele, há vários sinais: “A economia cresce há quatro meses seguidos, a confiança do consumidor e das empresas está se recuperando. O país está ‘despiorando’. E, provavelmente, vai entrar em 2017 com pequeno crescimento. O setor externo é que puxa isso, fruto da desvalorização cambial e das importações”. 

Sobre o desemprego, Maílson prevê que o número elevado, mais de 11 milhões de profissionais sem trabalho, vai continuar, porque “o desemprego é o último indicador a melhorar numa saída de recessão. E vocês sabem por que: os empresários não contratam mais pessoas enquanto não tiverem a convicção de que o processo de recuperação é seguro. É permanente e permite arriscar, até porque no Brasil é muito caro contratar e muito caro demitir”.

O economista cita fatores que o levam a estar confiante na retomada: “Primeiramente, o Brasil está livre de dois grandes riscos: não tem risco de crise cambial, nem de crise bancária. E o Brasil tem entre suas conquistas instituições sólidas e uma base industrial complexa e diversificada. No agronegócio, deixamos de ser o país do Jeca Tatu e agora somos vistos como país do agronegócio competitivo. Nos últimos cinquenta anos foi o setor que mais cresceu, A produção quintuplicou. Não tem nada parecido no país no campo da produtividade”.

Ainda entre os destaques: “O Brasil tem um sistema financeiro sofisticado. Tem nível de capital acima das exigências. Em termos de tecnologia, é tão avançado ou mais até de que países desenvolvidos. Já fomos a sexta economia mundial, devemos terminar este ano como nona. Ser uma das dez economias mundiais não é pouco”.

E o país, explica o economista, criou alarmes de incêndio. Ou seja, um conjunto de mecanismos que evita retrocesso no campo da política e economia. “O Brasil tem uma democracia consolidada. Com todos os problemas que a gente tem: sistema partidário fragmentado, muita corrupção, ausência de líderes, o toma lá dá cá, mas como valor da sociedade está consolidada. O Brasil passa em dois testes nesse campo. Segundo o pensador Samuel Huntington da Universidade de Harvard, uma democracia pode ser considerada consolidada quando for capaz de realizar duas eleições gerais consecutivas, sem contestação no seu resultado ou fraude. Já realizamos sete.”

Maílson levantou também os desafios: “É construir novos e constantes aperfeiçoamentos. Não está tudo resolvido. O grande desafio do Brasil está na produtividade. País cresce com a conjugação de três elementos: investimento (em máquina, equipamento, software), mão de obra e a produtividade. É a forma como se combinam tecnologia com educação. Como diz um pensador americano, a produtividade não é tudo, mas é quase tudo. Oitenta por cento do crescimento da economia americana no pós-guerra é produtividade. Para isso temos que preparar nossos recursos humanos com educação de qualidade”.

Fonte: Folha de Alphaville – 26 de agosto de 2016

Encurtar caminhos é bom ou ruim?

Tem sempre, pelo menos, duas maneiras de chegar aos resultados: a mais curta e a mais longa; a mais arriscada e a mais prudente; a mais explosiva e a mais duradoura. O único problema é que raramente temos a visão exata de por qual dessas combinações estamos optando, principalmente quando o momento requer grandes transformações. 

Qual o executivo que não se depara com essa questão pelo menos uma vez por semana? E a tendência que percebemos é que os velhos hábitos, em geral, se sobrepõem. Eles voltam à tona, principalmente, quando a empresa ainda não adotou uma cultura integrada com novas práticas. Ou seja, o mercado já exige mudanças e a forma de fazer e entregar continua arraigada ao passado, à chamada tradição.

Não estou só falando dos 80% de empresas familiares que encontramos no Brasil, mas de todas as que não revisaram sua história diante das transformações de cenário. Quando se fala em indústria, da produção à venda, não dá para ser vintage. Fincar pé no jeito antigo de decidir pode ser uma forma de encurtar os caminhos em um terreno que parece, por um instante, mais seguro. Mas será?  

Para quebrar essa dificuldade, muitos recorrem ao interim management, consultoria, especialista em turnaround, ou seja, a recursos externos, ditos mais “preparados” para a transformação. São eles realmente capazes de encurtar o caminho para resultados? Somente se a vontade de atualizar a cultura da empresa for verdadeira. Com esses profissionais, vem um conjunto de novos hábitos, novas práticas que, para funcionar, precisam sim se apoiar na história da empresa, mas precisam de abertura real para pegar os elementos de sucesso dessa cultura e ressignificá-los diante de necessidades presentes.

E aí vem a surpresa: o mesmo líder que o contratou pode ser a maior resistência. Então, alongando um pouco o caminho, antes de contratar a mudança, velha pergunta: você quer mesmo uma casa nova? Se você líder responder afirmativamente comece por você, não só na vontade, mas pelo seu exemplo.

Fonte: Folha de Alphaville – 19 de agosto de 2016

Presidentes de Empresa: Como veem o Brasil?

Parte das atividades do CONARH, o Fórum de Presidentes reuniu este ano 121 representantes de organizações. Em um encontro com o juiz Sérgio Moro, o ministro da economia Henrique Meirelles e o filósofo e educador José Bernardo Toro puderam levantar pontos importantes para o engajamento no proposto: o Brasil passado a limpo.

A consultora Vicky Bloch e a empresária Luiza Trajano trouxeram ao público do CONARH um resumo dos debates. Para Vicky: “Essa oportunidade consolidou-se como um dos importantes encontros das principais empresas atuantes no Brasil para debater a visão, expectativas, demandas e opiniões sobre a gestão de pessoas nos negócios”.

 

De acordo com Vicky, “Toro tem experiência, em outros países, de trazer à mesa partes diferentes para chegar a um caminho em comum para um novo país”. O que ficou como mensagem de provocação foi que “Você é o protagonista da sua história. Precisamos lutar contra a postura de espectador, contra o sentimento de que meu destino pertence a outro”, resumiu Luiza Trajano, que completou: “para ele, o Brasil é o principal país da América Latina. E ele, como muitos de nós empresários, acredita que a mudança vem através da educação. Quando igualarmos as chances de educação dos nossos filhos com a de todas as crianças do país”.  Toro, contou ela, ainda alertou os participantes sobre a diferença entre riqueza e dinheiro. “Riqueza é quando está movimentando a roda e dinheiro é quando você só acumula. Quando não está gerando nada para a população.” Para Luiza Helena, este é um ponto de reflexão para toda a economia

A participação do Juiz Sérgio Moro foi quanto à ética. “Ele acredita que estamos num círculo vicioso de falta de ética. E que não é exclusividade do Brasil, mas que aqui virou processo. Virou um paradigma. Nos acostumamos de uma maneira que algumas práticas estão tão incorporadas que parece normal”, relembrou Luiza Helena. “Ética é uma corda bamba que a gente fica se equilibrando. Tem que prestar atenção para não escorregar. A gente tem que lutar para ser ético. Transformar o círculo vicioso em virtuoso.”

O ministro Henrique Meirelles trouxe aos presidentes o que o governo planeja para recuperar a economia. E, quando questionado sobre o que poderíamos fazer para sair do caos, segundo Luiza, respondeu: “Pressionar o Congresso para que aprove o que precisa ser aprovado e não o que interessa a eles ser aprovado”.

Fonte: Folha de Alphaville – 19 de agosto de 2016

Inspiração para ser um Gestor de Sucesso

Gestão que inspira, pessoas que conquistam foi o tema do CONARH (Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas) deste ano – o maior da América Latina. Durante toda essa semana, as palestras trouxeram abordagens atuais sobre temas urgentes para o mundo corporativo e para a sociedade brasileira.

“Este ano foi de mudanças e desafios para todos nós. Vários de vocês tiveram a possibilidade de se reinventar”, lembrou Ricardo Mota, diretor do CONARH. Para ajudar a construir um ambiente inspirador, o evento trouxe a lembrança de várias personalidades transformadoras. Entre elas: Nelson Mandela, pela sua liderança motivadora, disciplina e luta por um propósito. Ayrton Senna pela autoconfiança, determinação e o foco em resultado. E Steve Jobs pelo olhar inovador, pela ousadia empreendedora e visão de futuro. O trabalho de Zilda Arns também foi destacado.

“A maneira como escolhemos influenciar determinará e contribuirá para o sucesso de todas as pessoas. O impacto que causamos muda os indivíduos, equipes, sociedades e o mundo. Está na hora de ocuparmos um espaço maior desse Recursos Humanos influenciador. Ser apenas estratégico não será mais suficiente”, alertou a presidente da ABRH- Brasil, Elaine Saad. Para o presidente da ABRH-SP, Theunis Marinho, a hora é de dar lugar às mulheres: “O Brasil está mudando. Continuemos lutando pelo empoderamento feminino nas organizações”.

Convidado para abrir o encontro, o publicitário Nizan Guanaes ressaltou a importância de quem trabalha com pessoas. “Dizem que o mundo é digital, o mundo é de pessoas. Não existe futuro, nem momento, sem gestão de pessoas. Todos os sonhos grandes foram feitos por empresas que compreenderam que RH não é uma parte da empresa, ele é o coração da empresa. Onde você vê uma empresa maravilhosa, você pode ter certeza de que existe uma gestão inspiradora de recursos humanos.”

Para ele, RH é como a tocha das Olimpíadas: “Não pode deixar que a tocha apague nas pessoas, todos os dias. Como mantê-la acesa ao longo da vida? Todos os dias as pessoas abrem os jornais e leem as notícias. Vivem as circunstâncias econômicas e políticas pelas quais estamos passando. Não é mole não. Mas também não é fácil motivar em países em que está tudo resolvido. O trabalho de vocês de inspirar pessoas é desafiador em qualquer cenário”. E ressaltou: “Gerir pessoas é compreender que a tradição do mundo é mudar”.

“Nós vivemos num mundo onde as pessoas não vão trabalhar sem a felicidade. O dinheiro não é mais o centro do sonho. Elas querem um lugar inspirador, um lugar onde elas tenham um sonho. Por isso, gestão de recursos humanos se faz andando. É pegar nas pessoas, olhar no olho, é sentir a pessoa pela mão”, completou.

Sobre valores, Leyla Nascimento, presidente da FIDAGH – Federación Interamericana de Asociaciones de Gestión Humana, que participou do revezamento da tocha, fez uma correlação com os valores das Olimpíadas: “Primeiro valor é a excelência. Segundo é o companheirismo e amizade e o terceiro valor é o respeito ao outro. É o que tanto temos feito nas organizações”. 

Fonte: Folha de Alphaville – 19 de agosto de 2016

E O RH NO FUTURO?

Se tudo parece mudar tão rapidamente no mundo do trabalho, como fica o RH? Quem aponta para a gente alguns dos caminhos que estão sendo desenvolvidos agora, por grandes empresas, no cenário mundial é Luciana Camargo, diretora de RH da IBM Brasil. Para ela, a transformação já começou.

“Através da tecnologia, vemos que os ciclos dos produtos estão cada vez mais curtos. Se o CD durou 20 anos, o DVD durou só 5. E as empresas precisam se reinventar com a mesma rapidez”, provoca Luciana, que está há 22 anos na IBM e diz que já viu a empresa se transformar por completo diversas vezes. “Nossa missão como RH é comunicar e comunicar bem. E temos muitas gerações trabalhando. É um grande desafio fazer com que trabalhem bem juntas. No entanto, tem uma pesquisa que mostra que 60% das organizações já declararam que têm conflito de gerações. E isso impacta o negócio no fim do dia. Em alguns anos serão os millenials que estarão comandando as empresas e eles não gostam muito da estrutura das tradicionais. Então o RH tem que se preparar para essa adequação”.

Segundo ela, as organizações estão sendo desafiadas. E o RH precisa redefinir a forma como olha o talento e a gestão, de forma a ter mais flexibilidade para desenvolver as capacidades necessárias na velocidade que as empresas estão se transformando.

Quais as qualidades desse RH? Luciana aponta: a gestão de pessoas precisa ser mais científica, apoiada na tecnologia para redesenhar processos de recursos humanos. Tecnologia como a inteligência cognitiva que, por exemplo, ajuda a inserir trainees e profissionais recém-saídos da faculdade, no corpo de trabalho da IBM. O gestor de gente precisa também ser mais globalizado, com informações sobre o mercado e as relações de trabalho, nas diferentes culturas e entre culturas. Ele junta o Design Thinking, chamando todos os envolvidos para definições. Ele adiciona o conceito de Ágile Talent, para buscar, na “nuvem”, os talentos mais adequados para cada projeto. E é capaz de preparar a equipe para trabalhar nesse formato. E, finalmente, valoriza o storytelling, como forma de repassar conhecimento com empatia. “Precisa ser mais analítico, mais estratégico, mais consultivo e mais empreendedor’, conclui Luciana.

Fonte: Folha de Alphaville – 12 de agosto de 2016

Liderança de resultados é redundância?

Falar de liderança e associá-la a resultados é falar da mesma coisa? Sim, quando falamos de um líder que trabalha alinhado com o mundo em que vive, com o mercado em que atua e, principalmente, com a equipe que o segue.

A base da liderança de resultados é compreender as pessoas. Você já parou realmente para se colocar no lugar de cada um dos seus funcionários? Vestir a pele dele por um dia? Dentro e fora da empresa? A maioria não faz esse exercício. Muitas pessoas são promovidas sem desenvolverem a capacidade de ouvir e de viver com essa pluralidade. Problema porque, sem compreender realmente, esse novo líder corre o risco de ser seguido por medo e não por admiração. E não dá mais para usar só a liderança autoritária, como era há algumas décadas. Liderança é saber conduzir as pessoas e, para isso, precisa estar pronto para entender como levar cada um. O resultado é sempre fruto de um grupo.

Portanto, um líder de resultados precisa da soma das competências de todos do seu time. Se essas pessoas não forem adequadas, não forem as melhores, você terá que usar ferramentas como coach ou mentoria para desenvolvê-las. E desenvolver pessoas não é simples se você não desenvolve a si mesmo.

Alguns líderes acham que precisam ser bonzinhos para conseguir agradar o time. Ser querido, ter carisma. Mas não é assim. Às vezes, é hora de dar o remédio amargo, mas necessário. E essa atitude requer uma sabedoria que pode ser aprendida.

Por Henri Cardim

Fonte: Folha de Alphaville – 05 de agosto de 2016

Vaga tem, mas você está pronto?

Você sabe vender? Tem experiência na área de finanças? São mais de 3 mil oportunidades em diferentes setores só na região da Grande Barueri. E quais os pré-requisitos que estão em alta?

“Com o atual cenário econômico, as empresas precisam contratar pessoas que conseguem trazer resultados a curto prazo, que já chegarão na empresa com grandes capacidades de executar suas tarefas e apontar oportunidades de melhoria”, diz Juliana Pereira, assessora de carreiras da Catho. Mas não é só isso, ela completa: “Precisa também ter um relacionamento interpessoal, análise crítica e planejamento estratégico, pois, ao contribuir com a empresa por meio desses comportamentos, a chance de entrega dos resultados esperados também é maior”.

Se você está desempregado e acha que fazer curso online e gratuito não vale a pena, reveja suas ideias. “Todos os cursos são válidos e bem avaliados no currículo, desde os cursos rápidos grátis até cursos de especialização, como uma pós-graduação ou um MBA.” As modalidades a distância e de curta duração também valem a pena. Segundo Juliana, essa atitude mostra que, mesmo fora do mercado, esse profissional está procurando se atualizar e se aperfeiçoar.

Anote mais três dicas importantes. Primeiro cuidado é quanto à descrição da vaga. Se você ficar com dúvida sobre o que está escrito ali, procure ajuda de um amigo mais experiente ou um colega da área de RH. Assim, você poderá ter mais certeza se o seu currículo destaca as competências que estão sendo pedidas.

Outra atenção é quanto à entrevista. São muitas as reportagens que ajudam você a se preparar para esse momento, dizendo o que fazer e não fazer, o que dizer e o que não dizer. Mas tem uma parte desse caminho que você precisa fazer por si: preparar-se com informações mais profundas sobre a área que está se candidatando, sobre metodologias que estão sendo usadas, sobre a cultura da empresa em que vai trabalhar. A superficialidade tem sido critério de exclusão de candidatos. Ou seja, quanto mais informações mostrar que possui para embasar seu currículo, mais chances você tem.

A nossa última dica apoia as anteriores. Frequentar grupos de estudo que discutem as práticas e a troca de experiência entre participantes, além do networking que proporcionam. A ABRH-SP tem grupos que tratam de diferentes temas, perto da sua casa. Quer saber mais? Mande e-mail para: rmo@abrhsp.org.br

Fonte: Folha de Alphaville – 05 de agosto de 2016

Método ajuda você a fazer suas 24 horas ficarem mais produtivas

Ter mais controle sobre a programação não é simples, mas seguindo 5 passos você pode organizar seu dia para ter mais tranquilidade no trabalho e na vida pessoal. É o que Márcio Graf Welter, da Lumen, explicou para o último encontro do grupo de gestores de RH, aqui em Alphaville.

Quem não se pegou pensando: “Se eu tivesse mais tempo…” O segredo pode não estar no relógio, mas sim na forma como organizamos a nossa mente. Gastamos muito tempo tentando lembrar e a mente não foi feita para lembrar. Foi feita para criar. “Precisamos de um sistema para guardar coisas. E o Getting Things Done é uma proposta de metodologia que vem ganhando espaço”, relata Márcio.

“Com ele você gerencia as suas ações. A primeira etapa é coletar: tirar a informação da cabeça e colocar escrita em um lugar seguro. Segundo momento é o de processar. Quais ações precisam ser executadas imediatamente e quais as que são para serem feitas em outros dias. Depois disso, você vai organizar em pastas e calendários, e planejar como serão executadas. Finalmente, com prioridades determinadas, você está pronto para fazer o que precisa”, explica o consultor.

Ele detalha melhor, a partir da organização dos e-mails que recebemos. Em média, de acordo com pesquisas mundiais, os colaboradores recebem cerca de 50 e-mails por dia. Como não acumular? Critério simples: se a resposta demora menos de 2 minutos dê sequência imediatamente. Pode ser o agendamento de uma reunião – Não só responda sim, mas reserve o horário na sua agenda e se tiver que convocar outras pessoas faça isso imediatamente.

A tarefa demora mais do que 2 minutos? É esta semana? Crie a pasta Esta Semana e arraste para lá. “Não adianta colocar lá e esquecer. Precisa também incluir no método um tempo para revisar a pasta diariamente e agendar as tarefas para os dias seguintes. O mesmo com a pasta de tarefas a cumprir: revisão semanal.”

Ainda de acordo com Márcio, é importante ter uma pasta para as tarefas pessoais. E, no calendário em que planeja sua agenda, incluir não só os

compromissos como as tarefas. Esse sistema vai impactar a melhora da sua produtividade.

E o que é ser produtivo? Pelo GTD, é estar apropriadamente engajado no que quer que você esteja fazendo – relaxado, com foco e com as coisas sob controle. É a habilidade de responder, reagir a partir de um estado relaxado ou de prontidão.

Com a agenda e as pastas organizadas, o cérebro fica mais livre para seguir a natureza que, como dissemos, é criar. Se, em algum momento, for pego pela dispersão, o que é comum, é mais simples consultar esses mapas e retomar o caminho. Mais um sinal de produtividade.

Para entender em detalhes o método tem muito material online. Busque pelo nome do autor: David Allen. Ou no livro: A arte de fazer acontecer, da editora Campus.

Fonte: Folha de Alphaville – 05 de agosto

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