Painelistas do CONALIFE 2018 elevaram o debate sobre a igualdade de gênero no Brasil

Homenagem
Professora titular na FGV-EAESP e integrante do Comitê de Conteúdo do evento, Maria José Tonelli falou sobre a homenageada do ano: a socióloga Eva Blay, uma das pioneiras no estudo dos direitos das mulheres no Brasil. Depois de receber o troféu Personalidade CONALIFE 2018 das mãos de Maria Susana de Souza, coordenadora do Comitê de Conteúdo do evento, e Theunis Marinho, Eva Blay falou: “Estou muito feliz de receber essa homenagem que eu divido com vocês, todas e todos. Agradeço às mulheres que em suas vidas se dedicaram a criar espaços verdadeiros e igualitários para as mulheres brasileiras. Fiz parte sempre de movimentos feministas e sociais em uma época em que falar em feminismo era nome feio. Aliás, ainda tem um resquício até hoje e nós temos de combater, porque ser feminista é lutar pelos direitos humanos das mulheres e dos homens”. Momentos especiais Ao longo do dia foram apresentados quatro momentos especiais. No primeiro deles, a gerente de Projetos dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU Mulheres, Adriana Carvalho, falou da iniciativa Empresas para a Igualdade de Gênero. Já a jornalista, empresária e apresentadora Ana Paula Padrão falou sobre a sua mais recente startup: a Escola de Você, plataforma on-line de autoconhecimento, empreendedorismo e empoderamento para mulheres, que deu origem ao programa Superpoderosas, exibido nas manhãs da Band. A sub-representação das mulheres nos grandes museus e galerias de arte do mundo foi o tema da professora de história da arte e Relações Institucionais do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo) Magnólia Costa. Beatriz Azeredo, diretora de Responsabilidade Social da TV Globo, compartilhou as informações sobre o trabalho mais recente, de cinco anos para cá, da criação da diretoria de responsabilidade social. “Um trabalho em construção que tem esse conceito: o que só a Globo poderia fazer sobre esses temas por causa da sua capacidade de mobilização.” A última palestra ficou por conta da atriz Camila Pitanga, embaixadora da ONU Mulheres Brasil. “Escolher ser feminista me permitiu entender que posso esculpir a mulher que eu quero ser”, disse, questionando no final do discurso: “O que nos impede de construir uma nova relação entre homens e mulheres? O que nos impede de construir um novo agora?” No final do evento, Theunis Marinho prestou uma homenagem à Leyla Nascimento, ex-presidente da ABRH-RJ, da ABRH-Brasil e da FIDAGH – Federación Interamericana de Asociaciones de Gestión Humana e que, agora, foi eleita, para a presidência da WFPMA – World Federation of People Management Associations, a primeira brasileira e mulher a assumir esta função. Theunis encerrou o CONALIFE dizendo: Quando sabemos aonde queremos chegar, a nossa alma nos fortalece e sempre encontraremos o caminho, com sol ou com chuva, na luz ou na escuridão”.